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ARTIGOS/OPINIÃO

Estiagem, meio ambiente e produção

Mato Grosso teve problemas ambientais em diferentes biomas no ano passado. Agora, com falta de chuvas, seca prolongada, diminuição no nível de águas nos rios e lagoas, passa a ser um momento de alerta máximo pelo que pode acontecer neste ano

Nas lagoas de Sia Mariana e Chacororé, como exemplo, diminuiu o volume de água no ano passado e neste se acredita que a coisa poderia se repetir ou ser até pior. Pior porque a seca desde ano, associado ao que houve antes, pode trazer mais problemas para as lagoas.

A Assembleia Legislativa aprovou, em primeira votação, que as lagoas sejam transformadas em unidades de preservação. Com isso, em tese, se teria alternativas para uma atuação maior de órgãos públicos no trabalho com essas lagoas.

Há uma movimentação nesse sentido das prefeituras no entorno das lagoas, do Ministério Público que trabalha com a área ambiental, do governo do estado e também da população ribeirinha. Este ano será um teste para ser observado se haveria mesmo uma atuação em conjunto para minorar problemas nas duas importantes lagoas.

Mato Grosso teve problemas ambientais em diferentes biomas no ano passado       

Há também preocupação com o que pode ocorrer no Pantanal. O que houve no ano passado, com aqueles extensos incêndios, acende luz amarela sobre o que pode ocorrer este ano ali também.           

Mostram os especialistas que a quantidade de chuvas até agora foi pouca. O nível do Rio Paraguai está baixo e, com pouca chuva, poderá está bem pior nos meses à frente. Acredita-se que poderá ter novos incêndios no Pantanal e já existe movimentação do governo estadual para enfrentar o problema.            

Não tem alternativa a não ser um trabalho conjunto de quem defende meio ambiente, governos e prefeituras para o que pode ocorrer este ano em diferentes lugares do estado.         

Espichando um pouco mais essa conversa: por que ainda hoje se coloca fogo na zona rural em MT para “limpar” o terreno para plantio ou pastagem? Nos EUA, Europa ou mesmo na Argentina isso não ocorre. Parece que o modelo da coivara dos indígenas e quilombolas não saiu da vida rural brasileira. Eles faziam isso séculos atrás, continuamos na mesma direção, o que colabora para mais queimadas e incêndios.            

Dizem também que a produção agrícola em área com desmatamento ilegal seria em apenas 3% das áreas plantadas. Se verdade, não dá para encontrar e atuar esse pessoal que atrapalha a imagem do estado no Brasil e no exterior?           

O mundo está de olho no estado sobre produção agropecuária e defesa do meio ambiente. É só tomar como exemplo a recente visita ao estado de altos representantes diplomáticos da União Europeia, Reino Unido e dos EUA. Os EUA assinaram um acordo com o governo estadual com ênfase na questão ambiental.

Não assinou com o governo federal, foi diretamente com o governo estadual.        

A alternativa é produzir com respeito ao meio ambiente. Assim se vai ganhar mais dinheiro no futuro. E neste ano, para embaralhar mais o assunto, se tem uma estiagem no meio do caminho.